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Em tempos como este, quero que respondam, não às más notícias, mas construindo uma "flywheel".
Jim Collins
Em 2001, as ações da Amazon caíram 90%. Numa tentativa desesperada, Jeff Bezos convidou um escritor para a Amazon. Juntos criaram os alicerces para uma capitalização bolsista de triliões de dólares.
O autor era Jim Collins, que escreveu Built to Last em 1994. Até 2001, Bezos viria a adotar vários dos seus conceitos nos princípios da Amazon:
Bezos ficou surpreendido quando Collins afirmou, diante de toda a equipa executiva:
“Em tempos como este, quero que respondam, não às más notícias, mas construindo uma “flywheel” (Volante de inércia)”.
Collins estava a pensar nas antigas flywheels de 2,5 toneladas. Demoravam horas para começar a girar. Mas, de repente, whoosh! O seu próprio impulso mantinha-as em movimento.
Collins tinha motivos mais que suficientes para acreditar na sua própria afirmação. Ele tinha contratado uma enorme equipa de MBA’s de Harvard para fazer pesquisa para o seu novo livro, “Good to Great”. Esta equipa comparou empresas, que geravam resultados sustentáveis e que batiam consistentemente o S&P500, a empresas medíocres.
O que a sua equipa descobriu é que as grandes empresas tinham flywheels. Não era a primeira ou a quinta ou a centésima rotação que as mantinha em movimento. Era o esforço concentrado que as levava ao movimento de impulso próprio.
Pelo contrário, as empresas medíocres estavam permanentemente a lançar novas iniciativas. Ao invés de atingirem o movimento de impulso próprio numa flywheel, tentavam criar muitas. Mas nenhuma atingia a velocidade necessária. Tinham de estar sempre a rodá-las manualmente.
Com isto em mente, Bezos e Collins começaram a desenhar a flywheel do e-commerce da Amazon. Identificaram duas formas pelas quais a Amazon conseguiria gerar um impulso autopropulsionado:
Estes dois elementos têm sido a coluna vertebral do negócio de e-commerce da Amazon há mais de 20 anos.
Até hoje, esta flywheel continua a conquistar quota de mercado para a Amazon. No ano passado, a Amazon atingiu uns tremendos 48% do total de vendas online nos Estados Unidos. Com receitas de 514 biliões de dólares a nível global, deixou a concorrência – como a Walmart – a milhas de distância.
O que podemos aprender com a flywheel do e-commerce da Amazon? Como pessoas de negócios e produtos, temos a tentação de começar novas flywheels constantemente. Mas, habitualmente, compensa concentrarmo-nos em fazer rodar a nossa flywheel principal para que atinja a velocidade de cruzeiro o mais depressa possível.