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Post originalmente publicado no blog A Wealth of Common Sense
Faltam apenas algumas semanas para a eleição presidencial americana, e podemos esperar uma inundação de previsões quanto ao impacto do candidato vencedor nos mercados e na economia.
Até pode ser divertido tentar adivinhar de que forma o resultado das eleições poderá afetar o nosso património, mas isso torna-se um exercício fútil, quando percebemos o quão não sabemos sobre o que acontecerá de seguida. Não apenas não sabemos quem vai ganhar, mas também:
Quando Trump foi eleito, muitos especialistas e investidores previram um enorme crash no mercado. Em vez disso, as ações subiram de forma consistente durante a maior parte do seu primeiro mandato, até ter surgido a pandemia. Durante o mandato de Trump, registaram-se mais de 130 novos máximos de todos os tempos no S&P 500.
Quando Obama foi eleito, muitas pessoas previram: “O radicalismo (de Obama) está a matar o Dow.” Muito pelo contrário, as ações dispararam em 2009 num bull market que durou toda a década seguinte. Registaram-se quase 130 novos recordes históricos no S&P 500 durante o mandato de Obama.
Não importa quem é o presidente, a tendência de longo prazo do mercado de ações é de subida:
E nenhum presidente na história moderna foi capaz de impedir quedas no mercado de ações:
Todos os presidentes desde Herbert Hoover passaram por bear markets.
Também não sabemos quem terá a maioria no Congresso nas próximas eleições. As promessas que os candidatos estão agora a fazer em campanha não serão necessariamente concretizadas se o seu partido não tiver a maioria no Congresso. O desempenho das ações também varia dependendo de quem controla o quê:
A verdade é que os políticos têm muito menos controlo sobre o mercado de ações do que a maioria das pessoas gostaria de acreditar. Geralmente, os resultados das políticas implementadas surgem com algum atraso e trazem consequências indesejadas. Como estamos a ver este ano, a economia e o mercado de ações nem sempre estão na mesma página. O facto de o nosso partido ocupar o cargo mais importante do país pode oferecer-nos uma ilusão de controlo, mas ninguém é maior do que o mercado de ações.
Além disso, grande parte do desempenho do mercado de ações, sob qualquer administração, depende de onde estamos no ciclo económico, quando tomam posse. Bill Clinton e Ronald Reagan assumiram o cargo em momentos oportunos durante um dos maiores bull markets da história. Pelo contrário lado, o mandato de Franklin D. Roosevelt iniciou-se na Grande Depressão e terminou na Segunda Guerra Mundial, enquanto que George W. Bush assumiu o cargo pouco antes do 11 de setembro e encerrou o seu mandato durante a Grande Crise Financeira.
Não importa quem vença no próximo mês, o importante é manter a política fora do nosso portfólio. As decisões financeiras já estão repletas de emoções, preconceitos e pontos cegos. Trazer a política para esta equação apenas amplia essas emoções e torna quase impossível a tomada de decisões racionais e claras.
Se estiver a considerar vender todas as suas ações com base no vencedor das eleições presidenciais americanas, assegure-se que tem resposta para as seguintes questões:
Não há respostas fáceis quando se trata de prever os mercados, porque ninguém sabe o que o futuro nos reserva.
No que diz respeito a misturar política com decisões de investimento, só tenho a certeza de duas coisas: (1) O mercado de ações vai subir e descer, não importa quem é o presidente, e (2) Investir o dinheiro com base na forma como votamos nas eleições não resulta em decisões financeiras equilibradas.