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Autoria
Patrícia Abreu
Patrícia Abreu

Foi perante uma sala cheia, no Salão Medieval da Reitoria da Universidade do Minho, em Braga, que a Casa de Investimentos realizou a sua primeira Assembleia Anual de Clientes, no passado dia 28 de maio. Entre Clientes e potenciais investidores, o evento juntou 306 pessoas, com mais de 200 a assistirem presencialmente, apesar dos termómetros apontarem temperaturas bem acima de 30 graus e as celebrações de “Braga Romana” convidarem a um passeio pela cidade.

À imagem do que todos os anos acontece em Omaha, quando Warren Buffett e Charlie Munger fazem o balanço do ano e respondem às dúvidas e ansiedades dos investidores, também Emília Vieira, CEO e fundadora da Casa de Investimentos, assim como a equipa de gestão de investimentos da única gestora portuguesa independente sediada fora dos dois grandes centros do país, prestou contas aos Clientes e explicou a filosofia de investimento da gestora.

Sem semelhante em Portugal, a Assembleia Anual de Clientes 2022 da Casa procurou explicar como se escolhem os melhores investimentos com base numa filosofia de Valor, num horizonte temporal de longo prazo, e porque é que os mercados acionistas são, historicamente, a melhor fonte de rentabilidades. Ao longo da tarde, a equipa de investimentos da Casa fez várias apresentações sobre a sua filosofia de investimentos, potencial de investimento nos mercados acionistas, critérios e processo de seleção de empresas com negócios excecionais para a carteira, exemplificando com algumas das empresas escolhidas pela gestora.

“A Casa foi criada há cerca de 11 anos e meio, com um objetivo: criar riqueza para os Clientes, de uma forma transparente, confiável e ajudar as pessoas a perceber melhor como podem rentabilizar as suas poupanças. Como devem investir em segurança, como devem investir em ativos que remuneram melhor o capital”. Foi desta forma que Emília Vieira, CEO e fundadora da Casa de Investimentos, inaugurou a Assembleia.

Ignorar o ruído. Foco no longo prazo

Emília Vieira procurou desmistificar o investimento em ações, destacando a importância do longo prazo e como o horizonte temporal pode fazer toda a diferença. “A maior parte das pessoas entende o investimento no mercado de ações, como um jogo de sorte e azar, como uma coisa muito arriscada. E é. Se o fizermos sem conhecimento, se o fizermos no curto prazo, se o fizermos para a próxima semana, mês ou ano”.

No entanto, se o investimento for realizado numa lógica de longo prazo, “é muito menos arriscado e (os investidores) terão enorme segurança a estar investidos em ações se o fizermos com uma estratégia de investimento em valor a longo prazo”. “Vamos sempre ter incerteza, mas, no longo prazo, as ações têm resultados muito mais compensadores para os investidores”, reforçou Emília Vieira.

Numa altura em que a escalada da inflação está a forçar os grandes bancos centrais a subir taxas de juro e a guerra continua a ser uma fonte de preocupação para os investidores, o CEO da Casa lembrou que as crises e os períodos de queda fazem parte dos mercados acionistas, mas para quem mantém um foco de investimento superior a três ou cinco anos e, nesse período (mínimo), não vai mexer no dinheiro, estes momentos representam uma oportunidade para reforçar posições.

“Não somos pessimistas, mas gostamos dos preços que o pessimismo produz, porque o pessimismo é que traz os preços para baixo e nos permite comprar barato”, sublinha Emília Vieira. “Comprar negócios excecionais, a desconto do que valem, é uma forma extraordinária de gerir risco. Depois, a melhor de todas é o longo prazo. No curto prazo, não temos qualquer hipótese e não faz sentido investir em ações no curto prazo”, explica, reforçando que “no curto prazo, tudo pode acontecer no mercado financeiro, mas a 20 anos não há, em ações, nenhum período com retorno negativo”.

Qualidade, qualidade, qualidade

Mas como se escolhe, num universo de milhares de empresas, 20 ou 30 companhias para comporem a carteira de ativos? À partida poderá parecer difícil, ou quase impossível, fazer esta seleção, mas, tal como explica Emília Vieira, apenas as cotadas que reúnem um conjunto de critérios assentes na qualidade têm lugar no portefólio. E, são poucas as que passam no crivo.

“Se olharmos para o que é a caracterização da filosofia de investimento, temos a qualidade como imprescindível. Queremos comprar ativos excecionais”, realça Emília Vieira. “Para isso, temos que ver grandes vantagens competitivas, grande capacidade de crescimento e equipas de gestão capazes. Isto faz um negócio excecional, mas negócios destes não há muitos. Das milhares de empresas a cotar no mundo, são apenas algumas centenas. São essas que queremos identificar e que vamos querer na carteira”.

Da dona da Google, ao luxo

Das empresas selecionadas para a carteira, a equipa de gestão centrou-se em cinco casos: Alphabet (Google), Amazon, LVMH, Visa/Mastercard e Ryanair. Apesar de estarem presentes em diferentes áreas de negócio, dos pagamentos ao luxo, passando pela Internet e pelas viagens, todas elas têm em comum o facto de respeitarem a lista de critérios de qualidade da Casa.

Apesar de não escaparem ao ambiente de volatilidade vivido pelos mercados acionistas, as empresas mantêm boas perspetivas a longo prazo e controlam modelos de negócio e balanços sólidos, que lhes permitem, por exemplo, ter a capacidade de passar para os clientes os aumentos de custos que resultam da subida da inflação.

E quando vender?

Mesmo uma carteira de longo prazo precisa de alguns ajustes. E há várias situações que podem levar à venda de títulos. “Vendemos uma ação quando nos enganamos – e já aconteceu -, quando fica muito cara, se for um ativo mais cíclico – como aconteceu o ano passado, quando vendemos uma parte de Ryanair, porque as ações tiveram grandes subidas e foram bem compradas na altura da queda, por causa da Covid. Vendemos Porsche, que está muito mais sujeita ao ciclo económico. Vendemos Bank of America, um título que tivemos dez anos e saímos das financeiras no ano passado, porque, num ciclo de recessão, o crédito malparado aumenta e fazia sentido fazer a venda e encaixar esse lucro”, explicou Emília Vieira.

E também se cometem alguns erros, como aconteceu em 2016. “Comprámos, em 2011, Microsoft a 25 dólares – todos nós queríamos hoje ter Microsoft a 25 porque ela está a cerca de 280 dólares. Vendemo-la e ganhámos aos nossos clientes 130%. A verdade é que foi um erro enorme vender Microsoft. Primeiro tínhamos lá 10% [da carteira]. Segundo, em 2020 quando tivemos oportunidade de comprar novamente a múltiplos sensatos, comprámos a 140 dólares e hoje estamos muito satisfeitos e não queremos vendê-la”, justifica.

O poder do PPR Save&Grow como benefício a colaboradores

Outro dos pontos em destaque na Assembleia Anual de Clientes 2022 foi o potencial da utilização do PPR da Casa de Investimentos pelas empresas como solução de remuneração dos seus colaboradores.

O programa Corporate Financial Wellness by Casa de Investimentos, dirigido a empresas, permite que os colaboradores recebam uma parte do seu salário ou de prémios pontuais através do fundo PPR Save & Grow. Através deste programa, empresa e colaborador ficam isentos do pagamento de TSU nesta componente, o que resulta numa poupança conjunta em torno de 35% e a empresa contribui para a melhoria do bem-estar financeiro dos seus colaboradores, aumentando a sua produtividade e potenciando a sua satisfação e retenção.

Num país onde a tributação de mais-valias se situa nos 28%, o investimento em PPR é um trunfo para garantir vantagens fiscais adicionais. Estes produtos de poupança para a reforma, além de darem acesso a deduções fiscais em sede de IRS, garantem ainda uma tributação reduzida, que parte de 21,5%, para investimentos com um horizonte temporal inferior a 5 anos, e pode baixar até 8,6%, nos casos em que a aplicação seja mantida por mais de 8 anos, independentemente da finalidade de utilização.

Clientes aplaudem transparência

O balanço da primeira Assembleia Anual foi muito positivo. Numa escala de 1 a 5, os participantes avaliaram o evento em 4,6, aplaudindo a transparência nas apresentações e a clareza da mensagem. Entre os aspetos menos positivos, os clientes realçaram a duração demasiado extensa de algumas apresentações, salientando que poderia ter sido dado mais tempo para perguntas e respostas. Sugestões a ter em conta na edição do próximo ano. Mesmo assim, os participantes classificaram em 8,8 a sua disponibilidade para recomendar o evento a outros investidores, numa escala com um máximo de 10 (extremamente provável).


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