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Acredito que mais pessoas investiriam em ações se as encarassem como aquilo que realmente são, e se tomassem consciência que quanto mais tempo as tiverem menos arriscadas elas se tornam.

Os principais índices de ações caíram em outubro entre 6 a 8%. Este foi o segundo pior mês desde março de 2009.

As perdas potenciais (no papel) podem fazer com que os investidores percam o norte. Quando as cotações da carteira de investimentos caem abruptamente, é natural temer que caiam mais. Avaliar a nossa riqueza líquida com base nas últimas cotações pode parecer apropriado uma vez que, se vendêssemos as nossas ações hoje, essa seria a liquidez resultante.

Os investidores devem, no entanto, adotar uma forma de pensar menos simplista.

O que a nossa carteira realmente vale não é o que o mercado pagaria hoje. O verdadeiro valor dos títulos que temos em carteira depende dos negócios subjacentes e da riqueza que estes produzirão no futuro e que receberemos sob duas formas: dividendos periódicos e os lucros que, não sendo distribuídos, são reinvestidos para a expansão do negócio e das suas vantagens competitivas – aumentando o potencial da empresa ganhar mais no futuro. A cotação de mercado tenderá a refletir o valor intrínseco acumulado.

Tentados a vender nas quedas de mercado, os investidores devem ponderar não apenas o que recebem em troca (a segurança da liquidez), mas também aquilo de que estão a desistir (um título substancialmente subavaliado que, emoções à parte, seria uma melhor compra que uma venda aos preços atuais). É por este motivo que uma análise profunda do negócio subjacente é tão importante. É esta análise que nos dá a confiança para não perder o norte – para manter os títulos e comprar mais – mesmo nos piores dias do mercado.  Afinal, um bom negócio faz-se na compra, quando compramos barato.

Quando o mercado, na ausência de desenvolvimentos adversos, faz cair o preço de um título já desvalorizado e o torna uma pechincha ainda maior, isto não é motivo para entrar em pânico. É motivo, sim, para excitação face à perspetiva de comprar mais de um excelente negócio ou iniciar uma posição nova. Por isso, outubro foi um excelente mês.

Os investidores devem olhar para a sua carteira de ações da mesma forma que o fazem com uma casa, uma quinta ou a sua empresa – e nestas não existem cotações diárias –, ignorando possíveis compradores se estes oferecerem 20 ou 30% menos do que julga valerem estes seus ativos. Se comprarmos uma casa por 200 mil euros e, passadas semanas, alguém nos oferecer por ela 160 mil, não vendemos. Por que razão tantos o fazem nas ações? Porque não aproveitam os saldos para reforçar a sua exposição a excelentes negócios mundiais que continuarão a criar riqueza para os seus acionistas?

Estou convencida que mais pessoas investiriam em ações se as encarassem como aquilo que realmente são – fatias de um negócio – e se tomassem consciência que quanto mais tempo as tiverem menos arriscadas elas se tornam. Ao contrário, quanto mais longa for a maturidade de uma obrigação mais arriscada ela é. Os ativos de taxa fixa ou indexados a determinada moeda sofrem erosão monetária, o “imposto escondido” que hoje empobrece os aforradores.

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