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Andrew Sorkin entrevista Warren Buffett a propósito do 10º aniversário da queda da Lehman Brothers e da crise financeira de 2008. Desta entrevista, imperdível, destacamos algumas reflexões de Warren Buffett:

Há uma vida que participo na economia americana e esta avançou de uma forma extraordinária ao longo do tempo, mas obviamente vamos passar por “solavancos”. Faz parte do sistema económico que de tempos a tempos passemos por momentos de loucura.

Não tento prever mercados ou prever negócios, tento simplesmente adaptar-me ao que surge à frente.

Andrew Sorkin - Olhando para trás, há alguma coisa que gostaria de ter feito, algum investimento que gostaria de ter feito?

Posso olhar para a semana passada e fazer esse exercício! Na Berkshire, teríamos conseguido negócios consideravelmente melhores se tivéssemos esperado quatro ou cinco meses para comprar alguma coisa. Escrevi aquele editorial no New York Times (https://www.nytimes.com/2008/10/17/opinion/17buffett.html) em outubro de 2008. Eu estava certo no longo prazo, mas durante pelo menos quatro ou cinco meses, estive completamente errado.

Há alturas em que o governo é forçado a intervir. Quando todos, no mundo inteiro, se querem desalavancar, só existe uma entidade que tem capacidade para se alavancar. E se por algum motivo não o fazem, estamos feitos.

Andrew Sorkin – Quando olha para trás, há alguma grande lição que o público ou uma nova geração de pessoas possam aprender com esta crise?

Não. Porque a resposta é que as pessoas entrarão sempre em pânico. Quando as pessoas têm medo, elas têm medo. A confiança vem passo a passo, mas o medo é instantâneo. Não interessa se as pessoas são formadas, se têm doutoramentos… quando têm medo, têm mesmo medo. Refugiam-se no ouro com medo que o resto dos ativos passe a valer zero.

Andrew Sorkin - Está preocupado com outra crise?

Sei que vai acontecer outra crise. Não sei quando. Mas não estou minimamente preocupado.

Andrew Sorkin - Porque…

Porque me comporto de forma a que quando a crise surgir eu e a Berkshire vamos sobreviver e continuar em boa forma.

Andrew Sorkin - Não há nada hoje que lhe cause alguma apreensão?

A subida dos preços dos ativos atrai pessoas que não sabem nada sobre esses ativos. As pessoas começam a interessar-se pelas coisas porque o preço está a subir e não porque as compreendem. Veem o vizinho, que elas sabem que é menos inteligente, a ficar rico e a esposa pergunta, não sabes fazer o mesmo? Isto é contagioso e é uma parte permanente do sistema. Quanto a sinais específicos de excessos, ainda não os vejo.

Warren Buffett


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