É uma questão de tempo no mercado e não de market timing

“Entre os principais erros que os investidores cometem destaca-se o market timing, que se resume à ideia de que há momentos para estar investido e há momentos para estar completamente fora de mercado. É a tentativa de inúmeros investidores de “proteger” o seu dinheiro saindo de mercado quando pressentem uma correção, ou aumentando a sua exposição a ações mais arriscadas quando pressentem a sua recuperação”

“Esta estratégia tem tudo contra si. Em primeiro lugar, necessita que os investidores tenham capacidades muito acima da média para adivinharem os movimentos do mercado ao longo do tempo. Quanto maior o horizonte temporal, maior a probabilidade de o investidor cometer erros que comprometerão os seus retornos. Em segundo lugar, a esmagadora maioria dos investidores e experts que seguem uma estratégia de market timing tem performances ao longo do tempo inferiores à performance do mercado. Por último, o investidor tem contra si poderosos vieses comportamentais (aversão ao risco, excesso de confiança, para citar alguns) que necessita de combater para não cometer erros importantes nas tomadas de decisão”

“Charlie Munger, vice chairman da Berkshire Hathaway e sócio de longa data de Warren Buffett, refere que a venda com o propósito de fazer market timing dá ao investidor duas formas distintas de estar errado: o declínio na cotação pode ou não acontecer e, caso aconteça, o investidor precisa ainda de perceber quando é que será a altura certa para voltar ao mercado. Adicionalmente, poderíamos acrescentar uma terceira forma de estar errado, já que o investidor terá ainda que decidir o que irá fazer com o resultado da venda enquanto não volta ao mercado”

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