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Autoria
Barry Ritholtz
Barry Ritholtz

Artigo publicado a 7 de julho de 2021 no blog The Big Picture

As 10 regras principais para o dinheiro

Criar listas é uma maneira útil de organizar os nossos pensamentos: criei listas de regras para Investir, Avaliação e até “frases financeiras inúteis” a evitar. Acho que estes exercícios são formas valiosas de nos ajudar a compreender o que nos rodeia.

Pensar em dinheiro – poupar, gastar e, acima de tudo, investir – é algo que já faço há décadas.

Isto levou-me à “descoberta” de várias verdades fundamentais sobre o capital.

Naturalmente, organizei essas regras numa lista:

As minhas 10 regras principais para o dinheiro

1. Investir é simultaneamente simples e difícil

A premissa básica por trás de qualquer investimento bem-sucedido é de fácil compreensão: “Invista para o longo prazo, diversifique os investimentos, mantenha os custos controlados e permita que o juro faça a sua magia”.

Seguir este plano pode ser um desafiante. Os humanos são atormentados pela incapacidade de simplesmente “estar sentado e não fazer nada”. Não conseguir estar quieto pode levar a erros dispendiosos e a perdas de capital que corroem os retornos. Compreender o que é preciso fazer é muito diferente de ser capaz de o realizar, independentemente das circunstâncias, durante décadas a fio.

Isto leva-nos a:

2. O comportamento é tudo

A incapacidade de gerir as emoções e os comportamentos é a ruína financeira de muitos. Parafraseando William Bernstein, “o grau de sucesso nas finanças é baseado na nossa capacidade de suprimir o sistema límbico. Se não conseguirmos fazê-lo, vamos morrer pobres.”

Mesmo os melhores investidores em ações terão um desempenho inferior se forem incapazes de controlar os seus impulsos emocionais. Não há atalhos, segredos ou esquemas de enriquecimento rápido que funcionem, exceto no meu workshop de 3 dias, onde revelo os segredos dos ultra-ricos pelo reduzido preço de $ 4.995. Inscreva-se aqui.

3. Moderação em todas as coisas

Pense na maioria dos ativos do seu portfólio – uma coleção diversificada e global de ações de empresas excelentes – como a carne e as batatas básicas do investimento. Podemos adicionar temperos, ervas e vegetais para apimentar e adicionar um pouco de sabor.

Quer fazer um pequeno investimento em startups de tecnologia? Talvez alguma especulação imobiliária? Talvez alguns investimentos de private equity em empresas não cotadas? Talvez até uma conta para brincar no day trading?

Não há nenhum problema nisto, desde que respeitemos duas condições. Primeiro, devemos ter a consciência que as probabilidades de sucesso estão contra nós. Muitos biliões de dólares competem agressivamente neste mesmo espaço pelos retornos. Os profissionais estão sempre à procura de uma vantagem e, mesmo com ela, não há garantias de sucesso. 

Em segundo lugar, isto deve ser uma pequena parte do nosso património líquido, não mais que 5% a 10%. É o suficiente para nos proporcionar um pouco de diversão e estímulo intelectual. Algumas pessoas podem até descobrir um talento especial para este tipo de investimento. Mas os valores devem ser suficientemente pequenos para que, se o investimento não resultar, não ponham em risco o seu futuro financeiro.

4. Risco e recompensa são inseparáveis

Risco é melhor definido como a probabilidade de os retornos serem diferentes dos resultados esperados. O problema é que muitos investidores querem retornos melhores que os do mercado, mas não assumem mais que um risco mínimo. Mas os retornos são uma função dos riscos assumidos.

Os títulos do Tesouro dos EUA sem risco não rendem quase nada. Para conseguir melhor, é preciso investir em ações. Mas isso adiciona volatilidade ao portfólio. Se procura retornos mais elevados, pode adicionar ações com um beta baixo que têm o potencial de fazer melhor – ou pior – do que o mercado como um todo.

5. Gaste menos do que ganha

Fazer um orçamento é simples: o rendimento vai para este lado do balanço familiar, as despesas para aquele lado e temos que nos certificar que as últimas são menores que o anterior. É fácil!

Tenho tolerância zero para os desmancha prazeres que dizem “nunca compre um barco”, “não compre um carro novo” (especialmente um “carro desportivo”) e “evite os lattes”. Este é um conselho preguiçoso, ignorante e pobre dado por charlatães que não entendem de matemática ou finanças. Se entendessem, acrescentariam a frase mágica: “… se não puder pagar”.

Mas se pode, gaste o seu dinheiro como quiser, mas de preferência com cuidado. As pessoas muitas vezes evitam compras que podem pagar apenas por um sentimento de culpa.

6. Alavancagem mata

Utilizar dinheiro emprestado é, na maior parte dos casos, a manifestação negativa das três regras anteriores. Sim, não há nada de mal em ter um crédito à habitação para uma casa que está dentro das nossas possibilidades. Mas nunca utilize dinheiro emprestado para comprar ativos especulativos que estão sujeitos a mais chamadas de capital.

7. Entenda o seu papel

Os mercados estão repletos de todos os tipos. Existem traders e investidores, hedgers e especuladores, e todos têm tolerâncias ao risco, horizontes de investimento e objetivos financeiros diferentes. Não assuma que o que qualquer um dos 800 bilionários da América tem a dizer sobre investimentos é especialmente relevante para as suas necessidades. Os objetivos deles provavelmente são diferentes dos seus.

8. Esteja ciente de suas limitações

O que coloca tantos investidores em apuros “não é o que não sabemos, é o que sabemos com certeza que não é verdade.” Compreender as limitações dos nosso erros cognitivos e sistemas de crenças é apenas o começo. Também é importante saber de que “defeitos” financeiros, emocionais e comportamentais sofremos. Operar fora do nosso círculo de competências é uma boa maneira de arranjar problemas.

9. Domine

Nós somos responsáveis pelo nosso próprio bem-estar financeiro, não é a Reserva federal, o governo ou o comentador que está agora a gritar mais alto na TV. Nós próprios arcamos a responsabilidade pelos nossos investimentos e gastos. Quanto mais cedo nos apropriarmos das nossas circunstâncias financeiras, melhor.

10. Invista em si próprio

Este é o investimento mais importante que pode fazer. Eduque-se, desenvolva uma experiência e acrescente sempre à sua lista de habilitações profissionais.

E invista no seu futuro, certificando-se que investe para a sua reforma. Responda a estas necessidades de investimento de longo prazo antes de gastar dinheiro em desejos de curto prazo.

A minha advertência final é a regra mais importante: “Comporte-se!” Como observado ao longo do artigo, as tomadas de decisão imprudentes e o mau comportamento são as maiores razões pelas quais muitos não conseguem atingir as suas metas financeiras.

Todos os pontos desta lista, direta ou indiretamente, referem-se a questões comportamentais revestidas com o vocabulário das finanças.

Faça uma lista de regras e siga-a. O seu “eu” futuro agradecerá.


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